
O trabalho de estreia de um dos mais renomados diretores da história é por um lado interessante e por outro frágil. Trazendo uma abordagem diferente do habitual para os filmes de guerra americanos da época. A história gira em torno de um grupo de soldados perdidos em terra inimiga que vagam à procura de seu barco e de uma maneira de sobreviver. De início, o filme se introduz com uma bela narração que parecia impor um tom mais reflexivo sobre filme, porém o roteiro não é tão bem trabalhado, com diálogos que pouco avançam no enredo e personagens pouco memoráveis, às vezes até irritantes. As atuações também são outro ponto fraco do filme, exageradas ao ponto de soarem ridículas, principalmente a cena em que um dos soldados entra em um jogo psicológico com uma refém.
Mas
como já havia dito, não é de todo um filme ruim, ele contém pontos de extrema
gratificação, o próprio retrato das afecções dos soldados individualmente e
como conjunto, muito bem exposto pelos momentos em que eles se misturam com a floresta
e se escondem de aviões, o medo está em toda parte e o desejo, não só de
sobreviver, mas de morte, uma verdadeira pulsão de morte que se esgueira pelos
capacetes dos soldados. Kubrick também mostra o seu conhecimento sobre
fotografia e direção, impondo um ótimo ritmo às breves cenas de ação e
construindo imagens poderosas que tendem a permanecer na sua cabeça após o fim
do filme.
Grandes exemplos disso são os close-ups que o diretor utiliza, nos trazendo para o mais perto possível de seus personagens, olhando fixamente para o terror dos olhos deles. Usando da mesma técnica com as cenas de ação em que usa de planos detalhes para nos guiar nos movimentos, nos fazedno entender todo o resultado da cena por planos próximos e grandes.
Grandes exemplos disso são os close-ups que o diretor utiliza, nos trazendo para o mais perto possível de seus personagens, olhando fixamente para o terror dos olhos deles. Usando da mesma técnica com as cenas de ação em que usa de planos detalhes para nos guiar nos movimentos, nos fazedno entender todo o resultado da cena por planos próximos e grandes.
O filme é curto, talvez se fosse mais longo e seu roteiro pudesse realmente desenvolver tudo que se propõe, a história de Kubrick se tornaria mais contundente. Apesar de não ser um bom filme, também não o considero de todo ruim, acredito mais ser um filme de alguém que ainda está se conhecendo como artista, e que quase tudo surge como um experimento, além de um domínio técnico extremamente promissor.
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